PPP 2008 EM REVISÃO

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DA BAHIA
DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – DIREC 16
COLÉGIO ESTADUAL FELIPE CASSIANO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011
VÁRZEA DO POÇO – BAHIA, MARÇO – 2008

SUMÁRIO

1 – IDENTIFICAÇÃO
2 – JUSTIFICATIVA
3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4 – OBJETIVO GERAL
5 – METAS
6 – AÇÕES ESTRATÉGICAS
7 – PROCEDIMENTOS
8 – DESCRITIVO DA ESCOLA
9 – AVALIAÇÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS

IDENTIFICAÇÃO

UNIDADE ESCOLAR:
COLÉGIO ESTADUAL FELIPE CASSIANO
NÍVEIS DE ENSINO:
ENSINO MÉDIO
ENDEREÇO:
AVENIDA JUSCELINO KUBITSCHEK, 179, CENTRO
MUNICÍPIO:
VPÁRZEA DO POÇO – BAHIA
GESTÃO ESCOLAR:
DIRETOR: BERGUE OLIVEIRA RIOS
VICE-DIRETORA: CELESTE SAMPAIO ABREU
VICE-DIRETOR: JOSÉ ANTONIO DA SILVA GOMES
SECRETÁRIA: VERONILDE DA CUNHA RIOS
JUSTIFICATIVA

A educação é um processo contínuo de mudanças, superação e renovação. Por isso, refletir sobre a nossa prática pedagógica é importante na medida em que rompemos com as práticas repetitivas e sem compromisso, procurando desenvolver a criatividade para a resolução de problemas tanto na vida pessoal como na profissional das pessoas que estamos formando.

O Colégio Estadual Felipe Cassiano, percebendo a importância e urgência de uma educação de qualidade e a grande responsabilidade que lhe é conferida, que é formar cidadãos para a vida, consegue enxerga as dificuldades existentes em nosso seio como oportunidade de melhoria para obtenção de êxito na execução das metas propostas.

Sabemos que são muitos os desafios e inúmeras as batalhas, pois lidamos não apenas com alunos e sim com seres humanos formados não apenas de intelecto, mas que também possuem aspectos físicos, emocionais e psicológicos. Precisamos ver nossa clientela como um ser integral sabendo que estes cidadãos poderão construir uma sociedade mais desenvolvida.

O Colégio Estadual Felipe Cassiano foi criado em 1981 e funcionava como uma escola de ensino fundamental I. Em 2004, pela necessidade de atender a uma nova clientela, passou a atender a demanda do ensino fundamental II e do ensino médio.

Acreditamos que toda mudança requer um planejamento adequado, o que no nosso casso não houve e tivemos que enfrentar diversos problemas tais como: aumento da clientela, falta de material didático, falta de espaço físico e principalmente a excedência de professores, que afetou de maneira significativa todas a escola.

Em uma sociedade democrática, o professor, em sua prática cotidiana, tem como desafio assegurar aos alunos o conhecimento e a formação básica para o efetivo exercício da cidadania. A relevância de sua atuação necessita ser valorizada, o que implica no reconhecimento do seu trabalho.

Sendo assim, se faz necessário resgatar, começando pelo professor, valores essenciais como autoestima, respeito e cidadania, pois reconhecemos que um profissional valorizado contribui de forma significativa para a qualidade do ensino-aprendizagem.

Precisamos, inclusive, aproveitar melhor alguns materiais que já temos na escola e que estão ainda desativados, como: 10 computadores, podendo ser transformados em sala de informática para uso dos alunos, trabalhando o próprio conteúdo na era tecnológica; instrumentos musicais que poderão despertar várias habilidades escondidas dos próprios alunos, tornando, inclusive, um excelente atrativo para reforçar o interesse do educando em ir para a escola através da formação da fanfarra. Transformar uma existente quantidade de livros em uma biblioteca de forma organizada e agradável abrindo um leque para leitura de mundo do alunado.


Vemos que um dos problemas e desafios seria o de acabar com o distanciamento entre a escola e a comunidade na qual estamos inseridos. Assim, procuramos buscar soluções propondo novas metodologias no propósito de fortalecer e ressignificar a nossa prática pedagógica, dando ênfase a nossa cultura, a criação de grêmios estudantis, bibliotecas e oficinas para os pais dos alunos, estabelecendo um diálogo aberto com todos os participantes e contribuindo para a formação dos nossos alunos como cidadãos críticos e atuantes.

Acreditamos que para garantir condições apropriadas para uma aprendizagem significativa, será necessário superar as dificuldades supracitadas, buscando traçar ações estratégicas com a participação eficaz da comunidade escolar (direção, professores, alunos, funcionários e pais). Esta responsabilidade precisa existir por parte de todos, de forma singular e eficaz, para que o rendimento do ensino aprendizagem seja de qualidade.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conforme reza o artigo 208 da constituição (inciso VII, parágrafo 1º) e o artigo 5º da LDB, o direito a educação é direito público subjetivo. Nos dias atuais a própria demanda social requer do cidadão características próprias da sociedade que desponta com um mercado de trabalho extremamente competitivo que exige do cidadão a formação acadêmica necessária com meio de sobrevivência.

Por meio da sociedade o homem conseguirá dissipar situações de dominação entre os homens.

Em todo o mundo, a educação, sob as suas diversas formas, tem por missão criar, entre as pessoas, vínculos sociais que tenham a sua origem em referências comuns. Os meios utilizados abrangem as culturas e as circunstâncias mais diversas; em todos os casos, a educação tem como objetivo essencial o desenvolvimento do ser humano na dimensão social (Educação: Um tesouro a descobrir, 2004: 51).

Para este fim, a teoria pedagógica que melhor se aplica à nossa realidade, segundo debate e escolha dos professores, é a teoria sociocultural, tendo como um dos grandes nomes o teórico Paulo Freire.

A teoria sociocultural ou libertadora entende a educação como fruto da interação dos homens entre si, agindo sempre de forma ativa e reflexiva sobre o mundo a fim de modificar a realidade. O homem não deve adequar-se à realidade, mas deve modificá-la para atender as suas necessidades. Contudo ao invés de ser priorizado a forma como o indivíduo pensa, são enfatizados os aspectos sócio-político-culturais, tomando como pressupostos a obra de Paulo Freire.

A criação da cultura é adquirida através da experiência humana, não necessariamente limita-se ao acúmulo de informações desconectas do indivíduo. A função da educação não está apegada apenas a aquisição intelectual, porém, torna-se instrumento de libertação, em todos os aspectos humanos.

Para Paulo Freire, a apreensão do conhecimento só ocorrerá quando for superada a dicotomia entre o pensar e o agir, tomando o homem consciência da sua realidade e do ser capaz de transformá-la, rompendo o ideal dominante de homem objeto determinado socialmente. Sendo assim, a escola precisa conhecer e analisar o meio em que vive sua clientela e traçar metas baseadas na realidade social dos sujeitos da aprendizagem, para que consiga cumprir bem o seu papel.

Dentro de todo contexto supracitado, podemos então dizer que a teoria sociocultural ou libertadora defende a relação professor e aluno como interativa, onde cada um assume seu papel específico, tendo como eixo norteador o diálogo que tomará rumo em busca sempre de respostas e mudanças no mundo que o cerca.

OBJETIVO GERAL

Reconstruir a prática pedagógica embasando-a nas correntes teóricas libertadoras e críco-social dos conteúdos, visando instrumentalizar os educandos a ponto de assumir uma postura reflexiva e crítica, formando cidadãos de bem e uma geração intrépida, sendo capaz de influenciar o meio em que vive.

METAS

• Redimensionar a prática pedagógica através da reflexão sobre as metodologias aplicadas;
• Criar uma biblioteca, para que haja maior contato com o mundo da leitura, servindo de pesquisa e consequentemente aperfeiçoamento da leitura;
• Reduzir a evasão e reprovação escolar;
• Promover a inserção e participação eficaz da comunidade na escola através de palestras, festejos comemorativos, feiras culturais que favoreçam a união da família e escola para que o resultado seja mais eficiente;
• Incentivar a criação do grêmio estudantil;
• Criar, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, uma fanfarra, para que sejam descobertos novos talentos e que sirva de meio facilitador para desenvolver a autoestima do aluno e da cidade;
• Minimizar as dificuldades de aprendizagem, incluindo e assistindo todo aluno e respeitando como um ser integral;
• Promover a elaboração e cumprimento das regras de convivência da e na escola para que existam um melhor relacionamento entre todos.
• Desenvolver o projeto sócio-educativo;
• Valorizar a diversidade sociocultural;
• Oferecer educação de qualidade;
• Elaborar projetos interdisciplinares para o ano letivo;
• Construir um pátio coberto, para que sirva de auditório e lazer para reuniões na escola.

AÇÕES ESTRATÉGICAS

• Realizar reuniões pedagógicas para que haja reflexão e motivação do corpo docente sobre a forma de mediar o conhecimento;
• Desenvolver projetos didáticos explorando a utilização do laboratório de informática e proporcionar aulas de informática para o aluno;
• Diagnosticar as deficiências de leitura e escrita e intervir com projetos didáticos que despertem e adquiram do gosto pela leitura;
• Estimular os professores para que resgatem o prazer em ensinar refletindo no aluno o prazer em aprender;
• Promover reuniões de pais e mestres para que haja uma efetiva participação da família na escola;
• Construir com a participação dos alunos um contrato de convivência com regras da instituição tendo como base o regimento interno da escola;
• Desenvolver o projeto “comunidade na escola” através de oficinas de artes (pintura, embalagens, reciclagem, bordado e biscuit) oficinas educativas (palestras sobre saúde física e mental através de profissionais habilitados), aquecimento global, o lúdico na vida (matemática) e outros, para uma maior integração comunidade e escola.

PROCEDIMENTOS

Ao iniciar o ano letivo será feito um diagnóstico pelos professores e direção sobre o nível de aprendizagem dos alunos e as principais queixas ou dificuldades dos educandos, pelo qual norteará o planejamento didático através da semana pedagógica.

O corpo docente discutirá e selecionará os conteúdos programáticos a serem trabalhados durante todo ano letivo podendo fazer o planejamento por área específica.

Deverá ser discutido entre os alunos os temas dos projetos a serem trabalhados, podendo ser feita uma seleção com a mediação do professor sobre a escola do tema estudo do semestre, que deverá servir de interseção entre as disciplinas escolares.

A partir da escolha dos temas os conteúdos das matérias serão desenvolvidos em consonância com os mesmos tomando a temática da prática como elo entre as disciplinas proporcionando assim um trabalho dinâmico, contextualizado e prazeroso.

No final de cada semestre será realizada uma feira de conhecimento com exposição dos trabalhos realizados e confeccionados pelos próprios alunos durante todo período das respectivas unidades dando oportunidade ao aluno de expor todo conhecimento adquirido e transmitir inclusive para a comunidade.

RELATÓRIO DESCRITIVO DA ESCOLA

O patrimônio da escola encontra-se conservado. Foram feitos reparos de reforma nas paredes, melhoria nos banheiros dos alunos, pintura em toda a escola, ventiladores em algumas salas de aula. A mesma possui 7 salas de aula bem arejadas, 1 sala com 10 computadores (futura sala de informática), 1 sala de professores com 1 banheiro, 1 secretaria com 1 banheiro, 1 sala com livros (futura biblioteca), 1 diretoria, 2 banheiros para alunos (masculino e feminino), 1 cozinha e 1 área livre que é utilizada durante o recreio. Os matérias didáticos existente são: 1 impressora matricial, 1 mimeógrafo, 1 retroprojeto, 12 computadores, 2 televisores, 1 videocassete, 1 aparelho de DVD, 1 aparelho de fax, 1 caixa de som, 1 globo, 45 instrumento musicais novos, lousas brancas em todas as salas em plenas condições de uso.

A escola está localizada no centro de Várzea do Poço, onde estão situadas casas residenciais e comerciais, posto de saúde, igrejas, dentre outras. Conta com uma população de classe média baixa com rendas oriundas de empregos público-municipais, aposentadorias, trabalhos autônomos, comércios, como também trabalhos desenvolvidos na agricultura e pecuária, além da produção da agricultura familiar e dos benefícios pagos pelo programa Bolsa Família.

Na escola infelizmente ainda não existe um trabalho de coordenação pedagógica, o que tem dificultado em vários aspectos a vida da mesma como reuniões periódicas para autoavaliação dos resultados obtidos, elaboração de projetos, reuniões de pais e mestres com frequência, suporte pedagógico para o professor e todo planejamento cabível nesta área. Esta talvez seja a área mais carente da escola.

Por não existir o Projeto político pedagógico na escola até o atual momento, certamente a escola ficou um bom tempo com vários aspectos pendentes, inclusive o regimento interno sem exercício de sua função devida.

Acreditamos que nunca é tarde para reparar o erro, por isso desejamos que com a elaboração do PPP (Projeto Político Pedagógico) a escola avance bem mais e desenvolva de forma mais eficaz o seu papel, não apenas engavetando o mesmo, porém colocando em prática todo plano traçado, já que o mesmo foi construído de forma participativa.

AVALIAÇÃO

O termo avaliar tem origem latina provindo da composição a-valere que quer dizer “dar valor a”.

Diferente do que muitos educadores pensam a avaliação é parte sim fundamental do processo de ensino aprendizagem, não podendo subdividir estes dois momentos, pois eles se intercomunicam constantemente. Sem esta dinâmica entre estes dois processos (ensino-aprendizagem) seria impossível acontecer um ensino e consequentemente uma aprendizagem satisfatória.

Podemos dizer que pela estreiteza ou amplitude do seu olhar, portanto o educador é comprometido com o ato avaliativo, ora pelas interpretações do que vê, ora por não buscar ver. Algumas vezes, está tão centrado em suas próprias ideias que não percebe aquilo que o aluno está querendo dizer ou demonstrar.

“Se pode olhar sem ver e procurar sem encontrar, mas não encontrar sem procurar, nem ver sem ter olhado” (PAREYSON, 1989: 169).

E o que perigosamente se observa é que o educando vive, muitas vezes, o anonimato em sala de aula, ou seja, não é verdadeiramente “olhado” em sua realidade concreta, em seus sentimentos, assim como não se procura entender suas perguntas, suas hipóteses, sua particular trajetória de construção de conhecimento.

Então somos levados a perguntar: como tornar o professor consciente do seu envolvimento, do seu compromisso? Segundo Piaget, enquanto não nos deparamos com os obstáculos, realizamos muitas coisas sem estarmos conscientes do que estamos fazendo. São as dificuldades que despertam a consciência das pessoas sobre suas ações, que tornam possível clarificá-la e compreendê-la.

Atualmente a avaliação assume novas funções, pois é um meio de diagnosticar e de verificar que medidas os objetos propostos para o ensino/aprendizagem estão sendo atingidos. Notamos que os professores estão cada vez mais conscientes do seu comprometimento com os resultados obtidos pelos alunos.

Celso Antunes acredita (2002:17) “que uma avaliação do rendimento escolar somente pode ser considerada eficiente quando produto de uma observação contínua ao longo do período escolar e não somente concentrada nos momentos de provas e exames”.

Dentro de todo este contexto, utilizaremos a avaliação diagnóstica1, formativa2 e somativa3. Esta três formas de avaliação estão intimamente vinculadas. Para garantir eficiência do sistema de avaliação e a eficácia do processo ensino-aprendizagem, o professor deve fazer uso conjugado das três modalidades.

_____________________
1 Avaliação diagnóstica possibilita a constatação de que os envolvidos no processo, aprendizagem ou não domínio dos pré-requisitos necessários, isto é, se possuem o conhecimento ou as habilidades imprescindíveis para as novas aprendizagens.
2 Avaliação formativa visa fundamentalmente determinar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da instrução.
3 Avaliação somativa consiste em classificar o aluno de acordo com o nível de aproveitamento previamente estabelecido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Celso. A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: Fascículo 11. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

HOFFMAN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: mito e desafio: Uma perspectiva construtivista. 3ª Ed. Ver. Porto alegre: Mediação, 2003.

Relatório para UNESCO da comissão internacional sobre educação para o século XXI. Educação: Um tesouro a descobrir. 9 ed. – São Paulo: Cortez: Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2004.

PORTO, Olivia. Psicopedagogia Institucional. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2006.

SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: limites e perspectivas. Coleção Educação contemporânea. 3ª Ed. Campinas: autores Associação, 1997.

Continuação: estou digitando.
Bergue Rios

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